18 de setembro de 2010

John Cusack, um Coolzão

JC. O mito, a lenda, o cara. Não é só um ator, é um comportamento, uma grife, um estilo de vida, uma meta a ser alcançada. De jovem promessa a ator consagrado. Atuou na fina flor da sétima arte e em enormes bombas da indústria. E além de tudo isso é meu ator norte-americano favorito.
Por alguma conjunção cósmica não identificada em 99,9% de seus filmes ele divide a cena com algum monstro do cinema, tão ou mais legal que ele, e não faz feio. Tão legal, mas tão legal que sempre que possível leva sua irmã para as empreitadas.
A fleuma, os ombros caídos, olhos pequenos, o cabelo pra trás, os movimentos contidos e todas as melhores frases. É sensacional o caráter de eficiência e resolução em suas interpretações sem perder a ternura jamais (ou a humildade, que seja). Repare como em qualquer (qualquer) filme que o cara atua, mesmo não sendo o principal, ele herda os personagens mais bem resolvidos, com um carisma extremo, mas contido. Sem gritos ou gestual histriônico a câmera é sempre roubada para sua atuação.
Esse cara nunca vai ganhar um Oscar, o que o reforça na galeria de atores essenciais. Para compreender o que é John Cusack é necessária observar com calma, assim sendo vai uma lista inicial e básica para saber que nem nascendo duas vezes você vai ser tão cool assim...E não, não vai rolar Alta Fidelidade (muito óbvio,  e vai ficar para uma próxima lista).   

Garota Sinal Verde – Há de se perdoar todas as comédias oitentistas, sempre, mas nunca será passível de perdão as traduções absurdas de títulos de filme em nosso país. Para quem se daria o melhor papel: do cara legal que leva a faculdade  na boa e fica com a gatinha? JC. E tem o Tim Robbins fazendo o chatão...

Diga o que disserem – A estória se passa em Seattle, um acerto. E antes da explosão do Grunge, dez acertos. “Prepare-se para grandeza, Lyoid”. Cara, que belo filme, com o gostinho dos filmes do John Hughes, com mais complicações. O mundo estava se complicando. Ainda se mandava cartas nessa época...cartas!!! Bons tempos. E o John Cusack usando camiseta do The Clash; chorando na chuva; lutando Kickboxer e sendo um adolescente normal. Monumental!!!

Tiros na Broadway – Quem encarnaria a persona de Woody Allen com maestria e ainda imprimindo sua marca? Fácil, John Cusack. Na minha opinião, o filme de época mais bonito do diretor. Vale pelas risadas que provoca e a gostosa iluminação remetendo à sépia. Peca pelo final frouxo.

Matador em Conflito – O ápice de sua carreira. O filme que resume sua condição de astro cool moderno. Um assassino profissional em crise de identidade, fazendo análise (Tony Soprano my ass). Humor Negro da melhor qualidade. Uma das melhores trilhas sonoras de todos os tempos, fácil fácil. E para variar JC divide a tela com o lendário Dan Aykroyd, o excelente Jeremy Piven e Hank Azaria e a musa quase esquecida (mas não menos musa) dos anos 90 (uma década cool) Minnie Driver.

Além da Linha Vermelha – Num dos três melhores filmes sobre a Segunda Guerra Mundial, e certamente um dos melhores filmes norte-americanos sobre guerra lá estava, no campo de batalha, John Cusack. Um elenco profético com nomes que iriam dominar as telas na próxima década.  Há um louco nas montanhas gritando o fim do mundo enquanto granadas despedaçam jovens sonhadores. Terrence Malick e seus travelings de câmera irretocáveis. A existência do ser humano explicada em meio à guerra. A solidão, a incomunicabilidade, e o esfacelamento dos portos seguros. Todos homem é sim uma ilha e a grande busca é pelo direito de se descançar em paz, mesmo em meio ao horror. 

Quero ser John Malkovich – John Cusovich. John Malckusack. Um Spike Jonze legítimo para ser devidamente apreciado é necessário ao espectador abrir as portas da percepção. Pois certamente será algo que você nunca viu antes. A imprevisibilidade é o signo (diferindo de 90% dos filmes produzidos que em 15 minutos de projeção você já sabe exatamente onde aquilo vai dar). Que tal ver o mundo na perspectiva de outra pessoa? Quem nunca sonhou com isso? E as consequencias nefastas desse sonho? E o John Cusack com isso? Ele interpreta um titereiro que faz uma versão  do romance de Abelardo e Heloísa...Putz, nada a acrescentar.

Procura-se um amor que goste de cachorros – Até em filme ruinzinho esse cara é o cara: camiseta do Ramones, fã do Doutor Jivago, construtor de barcos irlandeses e pega a fenomenal Diane Lane. Sem mais, é um herói.

WAR INC. – Encontro entre o Senhor das Armas e Michael Moore. Um filme de malditos democratas. JC + Marisa Tomei eleva o coeficiente de cool à décima potência. Frase de Brand: “Sabia que a palavra “pessoa” vem do latim “persona”, que significa “máscara”? Talvez ser humano signifique convidar os outros para verem por trás da máscara”. Pena que o final decepcione tanto, poderia ser um filme memorável. 

Tarantino acha ele tão legal, mas tão legal que batizou a sua Jacuzzi de Cusack.

Vó!?!?
O Vó!?!?
Fala baixo que a véia tá dormindo!
Ah, foi mal Vô...

6 comentários:

  1. Esqueceu "Meia noite no jardim do bem e do mal", em que ele rouba a cena, de ninguém menos que Kevin Spacey.Ótimo filme, um pouco lento, mas ótimo.

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  2. Tá faltando "Alta fidelidade" que pra mim é o melhor dele.

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  3. tudo bem...mas o lado "2012"....ops, fail do John Cusack...?

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  4. muito bom mesmo...
    mas faltou Alta Fidelidade

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