31 de dezembro de 2011

Os Melhores de 2011

Tonight at Noon by Charles Mingus on Grooveshark

Hora de olhar para trás e separar o joio do trigo. Os critérios para escolher os melhores do ano foi simples: os melhores filmes lançados no Brasil em 2011, segundo minha opinião claro, não me interessa se você baixou o filme dois dias depois do lançamento na gringa, me interessa se saiu no Brazuca em 2011. Ok!? E vou falar do que me moveu, emocionou, coçou minha consciência ou fez meus olhos saltarem. Claro que faltou ver muita coisa mas, afinal, eu tenho vida além de frequentar as salas de cinema. Para isso existem os críticos profissionais que adoramos espezinhar. Então beleza, vamos aos eleitos.



Troféu Sérgio Alpendre

É um crítico que amamos odiar. Ele leva cinema muito a sério. Que bom! Que pena! É daqueles caras que, por um lado tira todo o encantamento que um filme pode provocar, e, por outro, te instiga veementemente a continuar firme e forte na cinefilia. Um provocador daqueles que respondia presunto na chamada da escola. Quer deixá-lo puto? É só mostrar-lhe uma boa câmera tremida e maneirismos pós modernos na composição dos quadros. Quer deixá-lo feliz? É só exibir Bella Tar numa mostra de cinema. Nas suas sempre oportunas listas ele sempre tenta passar uma rasteira e coloca filmes não óbvios no podium, um fanfarrão. Na querelle des anciens et des modernes tenho certeza que ele defenderia o valor dos clássicos. Só gosto de lê-lo em seu próprio blog, em outras publicações não enxergo sua escrita e opiniões tão nuas (no bom sentido pelo amor...).

Medianeiras, Buenos Aires na Era do Amor Virtual - Você está como todos nós estamos, perdidos na metrópole e no amor? Quem sabe no meio de tudo alguém não te salva da selva. Um filme urbano, demasiadamente urbano. A citação a Manhattan de Allen não é gratuita nem boba, Medianeiras está na mesma cepa com seus neuróticos dissolvidos na multidão da metrópole. A tela do computador dá escudo mas todos anseiam pelo toque caloroso. No fim, achar alguém que valha a pena é bem mais difícil que achar o Wally. Uma amostra grátis? Clica ai, vai!

Incêndios - Só pela participação arrepiante do Radiohead na trilha sonora essa película já merece a menção. Denis Villeneuve abraça sem dó o drama e lhe confere proporções maiúsculas. Esse negócio de mixar Sófocles e Ésquilo com Oriente Médio é maravilhosamente dolorido. Memórias horríveis que deveriam permanecer enterradas, mas a vida insiste em não dar paz a Nawal. Os abismos de silêncio de nossos progenitores que escondem fatos impensáveis para suas crias. Só tinha visto Politécnica de Villeneuve e já tinha me impressionado. Sua opção por não localizar com exatidão geográfica o conflito nem esclarecê-lo politicamente é um acerto para dar mais impacto às vitimas do conflito e em especial  a família de Nawal Marwan. Quer uma amostra grátis? Clica ai

127 Horas - Tem todos os elementos  que me fazem gostar de um filme: pouquíssimos personagens e cenários e trilha sonora com Sigur Rós. E a velharada chata reclamando da montagem videoclíptica e coisa e tal tem até alguma razão, mas eu quero que se danem. E ai, um braço para se salvar da morte por inanição? Quem teria coragem? Na real, fazemos isso todo dia, mesmo doendo temos de deixar pedaços para trás senão morremos presos a obstáculos que empacam nossas vidas. As lembranças acabam virando o abrigo certo para a dor e a solidão, tanto de Aron quanto a nossa. Os delírios, sempre presentes nso filmes de Boyle, sofridos por Aron são seus últimos fios de esperança para realizar a contento a crú experiência que lhe aguarda. A garrafa de Gatorade vale o esforço. Quer dar uma risadas? Clica aqui.

O Palhaço - É rir para não chorar? Talvez. Vamos convir que o filme de Selton Mello, a exemplo de seu filme anterior, tem muito mais de melancólico que de pastelão. Mello faz um filme quase perfeito e extremamente gracioso para contar a crise de identidade do palhaço Pangaré. A força da fita está, obviamente, na coleção de personagens secundários que espocam na tela (meus preferidos são os interpretados pelo Moacyr Franco e pelo Emilio Orciollo Netto). E minha torcida eterna é para que o Brasil produza sempre um cinema comercial cada vez mais esperto, pop e belo. Agora uma amostra grátis. Clica ai


Os filmes que quase chegaram lá foram: X-Men: Primeira Classe; Drive; A Árvore da Vida; Meia-Noite em Paris.


Mas acho que as melhores coisas que vi esse ano foram as fotos da Scarlett Johansson nua; a primeira temporada de Dexter e A Guerra dos Tronos e o especial do Alexandre Frota de fim de ano no SBT "Uma Dupla Quase Dinâmica".






Troféu Inácio Araujo

E para homenagear os melhores filmes antigos que garimpei esse ano nada mais justo que um troféu que leva o nome de um medalhão de nossa crítica. Gosto de seu blog (não o leio na Folha) pelo tom de sabedoria adquirida por anos e anos de salas de cinema. Seus textos (os atuais, pelo menos, não li suas críticas antigas) não tem aquela arrogância característica de seus pares de profissão. 

Mal do Século - Você está doente de quê? O século XXI está te esmagando? É a fumaça? As imagens? A "química? Carol está dissolvendo e se arrastando para espaços cada vez menores. Quantos filmes já te causaram reações físicas? Todd Haynes consegue te adoentar com seu filme. Seu mergulho na vida de Carol, interpretada de forma brilhantemente frágil por Julianne Moore é algo muito pior que um filme de terror. Pelo menos em uma fita de horror quem provoca a morte ou o mal é localizável e combatível. Nessa película tudo TUDO mata, prejudica, persegue e aniquila. A cena em que o moribundo se arrasta na linha do horizonte observado por Carol, e que ilustra o cartaz do filme, é mais aterrorizante que todas as fitas de assombração asiáticas juntas. Tem algum parentesco com David Lynch nas opções estéticas que acentuam a estranheza. Veja uma amostrinha aqui

Corto Maltese: Corte dos Segredos Arcanos - A elegância acima de tudo. A aventura e a viagem a frente de tudo. Hugo Pratt brindou o mundo com um personagem que carrega em si o espírito de uma era de frente ao crepúsculo da mesma. Uma época em que faltava pouco para mapear o mundo por completo, havia coisas a descobrir, havia mistério sob a face da terra. O mistério cativava. Corto Maltese é Arthur Rimbaud, é Blaise Cendrass e James Bond. Ele descobriu o mundo quando ainda havia mundo para descobrir. Uma pérola de animação.Quer assistir esse filmaço? Clica ai

Fogo contra Fogo - A colisão de uma força incontrolável contra uma barreira intransponível. Um filme que exala melancolia. Robert De Niro e Al Pacino estão em seus papéis costumeiros: o primeiro introspectivo com cataratas de emoções que não jorram; o segundo, expansivo e metralhando tudo que lhe passa pela mente. Desse breve encontro sai faíscas. Um épico sobre as observações de dois workaholics  portando metralhadoras; todos que estiverem em seus caminhos irão sofrer. E no caso dessa película não há bem X mal e sim quem trabalha com mais afinco e para melhor organização. O cinema de Michael Mann é hiper masculino mas não brucutu. Esse é o melhor filme de Mann? É o melhor que já vi pelo menos. Uma amostra grátis. Clica!

Os filmes que quase chegaram lá foram: Derzu Uzala; Leão no Inverno.

E ai, quais foram os melhores filmes que tú viu em 2011? E que venha 2012!!!

INTERPOL - ANTICS

Meu disco preferido do Interpol. Aqui ficamos com a impressão de que Paul Banks e sua trupe nos levam em uma viagem para longe. Como o barco partindo para alto mar a saudade de alguém que ficou e, possivelmente, nem liga que você partiu te dilacera. As músicas cresceram, ficaram mais heroicas e até iluminadas. Interpol pode se orgulhar de ter tido o baixista mais cool da História.

Uma dançante para os amantes Slow Hands


A minha preferida num ao vivão Not Even Jail


E para celebrar os amores nunca alcançados C'mere

23 de dezembro de 2011

Simbads

Simbad, para mim, está no mesmo panteão de fascinantes heróis aventureiros como Robin Hood, Conan, James Bond, Capitão Nemo e etc. Na real, Simbad é o avô de todos eles. Um personagem tão rico e carismático na premissa que qualquer um  que o trabalha bem pode imprimir novas intenções e cenários empolgantes.
Quando Sherazade nos apresenta Simbad, o marujo, na LXX noite de histórias que pacificavam o coração do Sultão, ele já está aposentado e contando sobre suas viagens aos seus convivas. Ao ouvirmos seus relatos logo sacamos que Simbad é um azarado, esforçado e apegado a vida. Qualquer navio que o tiver como tripulante irá invariavelmente a pique e todo o resto da tripulação irá sempre ser massacrada das piores maneiras possíveis, mas o marujo mais célebre de Bagdá não se entrega fácil (apesar de que em momentos de desespero ele atente contra a própria vida) e sempre procura um meio de sair dessa enrascada e acumular o máximo de riquezas de lambuja.
Esse post vem cheio de nostalgia. Várias tardes da minha infância foram coroadas por aventuras que explodiram minha cabeça e me enchiam de coragem para escalar o telhado do vizinho e deixar minha mãe e avó descabeladas. Boa parte dessa seleção eu pude conferir numa das sessões das tardes do SBT. Todas as incorreções históricas são passáveis em nome da diversão. Divirta-se.

O Filho de Simbad - outros tempos, até em um filminho b dos anos 50 rolava até citação a Hamlet. Mas Shakespeare não interessa; interessa a sequência de belissímas pin-ups com roupas provocantes que perfilam nessa fita, praticamente um dançadoventreexploitation. É tanta mulher voluptuosa que a ventura do filho de Simbad e de Omar fique em segundo plano. Esse filme é um filho bastardo e sacana de As Aventuras de Robin Hood de Michael Curtiz e William Keighley; e também uma grande afronta a qualquer feminista. Quer uma bela amostra grátis? Clica aqui.  

Simbad e o Olho do Tigre - Primeiramente, Jane Seymour, palmas de pé. Que beleza! E eu devo ser muito burro mesmo pois, afinal, que olho do tigre é esse? Patrick Wayne faz um Simbad heroico e competente. Essa aventura é das mais empolgantes da seleção, a aparição de Petra dá um charme único a fita. Para qualquer moleque imberbe e imprecionável essa fita é um prato cheio de idéias para aventuras nas estantes da salas e nas casas da vizinhança. Para mim foi. Quer assistir o filme? Clica aqui.

Simbad, O Marujo - É muito interessante observar a "evolução" dos filmes de ação e aventura. Nessa película temos elementos que se tornariam obrigatórios: atuações canastronas, interesses romanticos em meio a malabarismos, vilão caricato, um parceiro como alívio cômico e uma jornada rumo a uma missão impossível. Tem até o Walter Slezak fazendo um Jamal bem afetadinho. As atuações espalhafatosas de Douglas Fairbanks Jr. e a trilha sonora triunfante e intrometida são uma capsula do tempo.

Simbad e a Princesa - De todos os filmes da seleção esse é o mais lenga-lenga de amorzinho. também tem o protagonista mais sem graça e o vilão mais chato. O que se salva? As animações stop motion de Roy Harryhausen, claro, mesmo não estando em seu melhor momento. Kathryn Grant é uma gracinha e só. Quer uma amostra grátis? Clique aqui.

As Novas Viagens de Simbad - Seguramente, o mais sombrio dessa seleção, por vezes até assustador. Também tem a produção mais caprichada: bons figurinos e cenários. John Phillip Law faz uma das melhores interpretações de Simbad dessa seleção. Outro ponto a favor é a morenaça quentíssima Carolinee Munro. Tem até um nóia de haxixe, o Harum. Um dos trabalhos mais brilhantes de Roy Harryhausen, destaque para deusa de seis braços e para luta com a caranca do navio de Simbad. Um belo filme de aventura e mau preferido dessa seleção. Quer assistir? Clica ai.

Simbad, A Lenda dos Sete Mares - Às vezes sinto muita falta da boa e velha animação 2D. Esse filme lembra até, em alguns momentos, Shadow of Colossus pelas lutas de Simbad com os monstros gigantes. Infelizmente o desfecho é apressado e sem clímax, a vilã também é igualmente sem sal. Porém é um trabalho bonito com cenas de ação e um elenco de coadjuvantes engraçados com boas piadinhas. A de se mencionar a boa dublagem de Thiago Lacerda. Quer uma amostra grátis? Clique

Certeza que o filme de Ted Tetzlaff influenciou Tarantino e suas belas musas dançantes.

As estantes da casa da minha Avó sempre sofreram com meus arroubos aventurescos pós sessão de filme do Simbad.

9 de dezembro de 2011

A Guerra e o Nada Parte I

Fight Fire With Fire by Metallica on Grooveshark

Vamos celebrar a estupidez humana e a estupidez de todas as nações. Sempre me pergunto qual o pior ato que os seres humanos podem cometer em conjunto, e a única resposta que martela minha consciência é a guerra. Sim, há conflitos inevitáveis e ganhar é sempre a meta, mas isso que inventamos e chamamos de guerra moderna não deixa vencedores. Não é bem assim, esses homens de dez estrelas na lapela e os que habitam palácios nunca perdem, os outros 99% dos homens são destroçados em corpo, alma e cultura. Sim Coronel Kurtz, é o horror, o horror!
E o que a guerra constrói? Países, saltos estratosféricos na ciência, o Museu do Louvre? E o que ela destrói? Geralmente sonhos, famílias, séculos de ação humana são pulverizados num apertar de botão. As perdas da guerra são sempre compartilhadas por muitos e as vitórias pertencem a pouquíssimos donos das armas e arquivos secretos. Me parece claro que na nossa trajetória de civilização a paz é o período de exceção. E esse arrepio incomodo que todos sentimos desde a última guerra mundial que a qualquer momento um cogumelo atômico irá se levantar no horizonte. Cara, o dia em que um cara tomar a decisão errada e apertar o botão vermelho já era...
E o Cinema com isso? Vamos a ele.

O Barco - Não tem como não remeter-se imediatamente a obra de Erich Remarque. Imagino que os pesadelos dos marujos será sempre pontuada por aquele monstruoso barulho do sonar, os meus ficaram. Estar sepultado num caixão de aço a centenas de metros de profundidade tendo de guerrear só com os ouvidos. Muita coragem é o mínimo. E quem diria que um dia torceriamos por soldados do Eixo e sentiriamos por seu massacre. E que final triste, bruto e acaixapante. A alienação desses jovens imberbes não absolve de forma alguma as atrocidades cometidas pela Suástica, mas problematiza o inimigo, esses rapazes são bem parecidos comigo, só suas fardas nos diferem. há algo de terror nesse filme, o terror da presença da morte, da iminência do fim com poucos alívios para respirar (alias, uma das metáforas mais belas quando marujos se apertam na escotilha para sugar um pouco de oxigênio depois de serem sepultados no fundo do estreito de Gibraltar). Um filme longo e que não incomodaria em nada se fosse mais longo ainda. Nos tornamos parte da tripulação. Absolutamente imperdível. Uma amostra grátis aqui.

Vá e Veja - A II Guerra Mundial também pode ser um pesadelo sombrio e surreal. Há filmes que fazem um apanhado de cenas com mais força que qualquer trama intrincada. Elem Klimov faz o uso mais aterrador que já vi e ouvi do som em uma película. O que entra pelos ouvidos te mantém alerta e triste em toda a fita. O que é a cena das bombas caindo na floresta noturna? Me parece que Klimov cruzou a mesma esquina de Jodorowsky e de Sergei Parajanov. Não sei se conseguirei assistir esse filme novamente, não por ser gore ou  algo parecido, mas por ser uma experiência visual de uma intensidade que quase te exaure. A guerra (ou, no caso, a "guerrilha" bielorussa) é a melhor tradução do caos e Klimov transpôs essa virulência de forma exata para a película. Vá e veja Já!!! Aqui.

Katyn - O céu nublado do começo da fita anuncia o destino da triste Polônia. As ideologias esmigalhando homens. Bandeiras com suásticas ou com foices e martelos? A cruz e a espada. Qual foi a temperatura da Guerra Fria? Talvez os massacrados da Floresta de Katyn possam responder. E que cena final genial, o espectador é levado ao abate na mesma fila dos soldados poloneses. Amostra grátis aqui.

O Franco Atirador - Uma guerra para os estadunidenses não se orgulharem. Diferente da Secessão e outros conflitos que viraram lendas e até saudosas para alguns, a sequência de lambanças e barbaridades perpretadas na terra de Ho Chi Min é pra ser esquecida...mas antes de esquecê-la Chimino resolveu purgá-la. Obra típica dos anos 70 e dos melhores exemplos do que o cinema US podia nos dar. Comparar a descartabilidade dos soldados com  uma disputa de roleta russa é de uma simplicidade genial. Antes das tempestades no deserto e de colocarem robôs no campo de batalha o Tio Sam moia seus jovens em algum país no fim do mundo. Não consigo enxergar nesse filme qualquer intenção ou apreço pelo apuro histórico, a decida ao inferno de Michael e sua turma é principalmente simbólica (a comparação com a obra de Dante não forçada: purgatório e inferno e até o Caronte, tudo está ali). Quer assistir o filme? Clica aqui.

Glória Feita de Sangue - Kubrick da uma lição de como a guerra funciona fora dos campos de batalha. Quantos milhares de litros de sangue de soldados são necessários para tingir as estrelas no peito de um general? Quantos covardes viraram heróis por estarem no lugar certo e quantos heróis morrem sem sentido por estarem no lugar errado? O filme que arrancou lágrimas de Nicolau Sevcenko em sala de aula. Um dia falaremos mais sobre ele. Um filme obrigatório. Amostra grátis aqui.

Terra de Ninguém - A guerra é algo tão absurdo que por breves momentos pode arrancar risos de quem a observa a distância. Para quem guerreia não tem um momento de descanso com um fuzil mirando sua testa. Ciki e Nino caíram num limbo (da mesma forma que a Bósnia e a Sérvia) e, agora, além das armas e binóculos, as lentes das câmeras estão os mirando. A guerra de homens pobres como entretenimento matinal para ingleses verem confortavelmente no sofá. Ciki e Nino se importam muito mais com o conflito que seus generais ou os comissariados da ONU. Eles dariam a vida por um conflito que ninguém saberia explicar como e porque se deu enquanto os verdadeiros criadores da celeuma estão em palanques ou debates na ONU. Quer assistir o filme? Clica ai.

Tarantino tem uma visão muito mais anarco-escrota sobre a guerra.

Minha Vó é capaz de deflagar o próxima guerra mundial se ela descobrir que você não vai mais a igreja semanalmente.

7 de dezembro de 2011

INTERPOL - Turn on the Bright Lights

Para começo de conversa: uma das minha bandas preferidas (e da Azaelia Banks também, rs.). Lá para 2003 fiquei sabendo dos caras e ai fui fisgado. Pelo fato de que pós-punk e afluentes me interessam muito. Deixa o Joy Division de lado e repara como o Interpol tem muito mais de The Cure e The Chameleons. Sem falar na postura cool.
Esse disco com suas melodias espirais nos leva a passear numa Nova York sombria, pré-11 de Setembro, em que um rapaz nos seus 20 e poucos anos, carregando sua namorada suicida que dorme em centenas de sofás, que sente uma dor por sei lá o que e que vem sei lá de onde. Paul Banks canta um cansaço e a certeza de que cabe a cada uma força para sair desse estado de espírito.
It's up to me now turn on the bright lights.

Vamos começar com a assombrada Obstacle 1


Agora grite como o Marlon Brando Stella was a Diver and she was always down


Fechando com PDA