28 de janeiro de 2011

Poeira de Estrelas


Para comemorar o dia vamos atirar em estrelas, romper cinturões de asteróides, assistir sentados a maior das supernovas. Através de filmes, vamos nos iludir com o espaço infinito e chegar onde nenhum homem jamais esteve.
A Astronomia é nobre, profunda e dos mais admiráveis campos de estudos. Mais filosófica que a Filosofia. A Astronomia coloca os seres humanos em seu devido lugar no espaço-tempo: um sopro de vidas divergentes e convergentes num canto de uma galáxia escondida no meio de milhões de milhões de outras. Não somos e nem estamos no centro de nada. Passaremos: o sol expandindo, um asteróide desavisado. Passaremos. E nossos conflitos ou gritos de desespero não serão ouvidos do outro lado da galáxia. Levará milhares de anos-luz para vencer as paralaxes e então teremos passado. Voltaremos a ser pó de estrelas. E convenhamos, esse sim é um destino nobre.
Pronto, muita Filoastronomia de quinta e nada de filme. Simples, uma seleção de películas para nos aproximar dos anéis de Saturno. Sem dúvida 2001, Uma Odisséia no Espaço é a obra maior  e mais influente desse gênero e merece uma análise mais aprofundada. Em outra oportunidade falaremos sobre HAL 9000. Interessante como filmes tratando do contato do homem com o cosmo incitam seus realizadores a tocarem em assuntos densos e grandes ( de existencialismo a fragilidade da existência de nossa raça) e no fundo incompreensíveis. A imensidão abre as portas da percepção. Se tratam de películas, filhas da Ficção Científica, que colocam o homem em contato, perdido ou dominando o vazio e escuro dos céus do céu.
Vamos a eles.

Solaris - Tarkovskiy, né!? Denso, lento, misterioso e sempre lindamente filmado. Sua obra me remete imediatamente ao monolíto negro de 2001 (abrange as mais dispares interpretações e ainda é insondável). Que tal uma DR no espaço? Não deve ser uma inspiração direta (afinal Tarkovskiy é europeu demais para  dar ouvidos a algum latino), mas lembra muito A invenção de Morel. Os rumos tortuosos do amor e os limites das aquisições da ciência. É o espaço sideral de Tarkovskiy. Seu cinema é muito humanista. Um experimentador das imagens em movimento. Solaris afeta todos que toca. Mitologia grega e Tolstói. O sentido da morte. A ignorância é uma benção. 

Jornada nas Estrelas 2: A Ira de Khan - Um clássico, mais que isso: classudo. Trilha sonora marcante, design de naves muito belo e sóbrio, frases memoráveis na História do Cinema, atuações muito corretas para o enredo explorado (sem falar da atuação colossal de Ricardo Montalban). Não sou Trekker (talvez seja um demérito), mas toda vez que me aventuro nesse universo saio com a certeza de que é um universo ficcional riquíssimo e empolgante. Essa série levou audaciosamente o scifi onde jamais ela esteve. 

Aliens, O Resgate - Para os fãs de James Cameron já temos aqui muitas idéias e designs usados aqui seriam refletidos em Avatar. Cameron vai nos mostrar sua versão para guerra do Vietnã...no espaço. Os norte-americanos com as melhores armas e bombas contra um inimigo "primitivo"...e perderam, saíram correndo para não dar mais zica. Apesar de alguns diálogos que atualmente ultrapassam a barreira do clichê, esse filme é incrível. Sou fã da série Alien, e esse é o meu preferido. Ninguém melhor que Cameron para filmar esse futuro totalmente indústrial e hostil. Na verdade, ninguém é melhor que Cameron para representar e lidar com a tecnologia para a arte da representação. 

Serenity, A Luta pelo Amanhã - (Esses subtítulos das distribuidoras brasileira me envergonham). Para quem acompanhou a ótima série Firefly, que deu origem a esse filme, terá uma experiência de conclusão bem saborosa. Os personagens de Joss Whedon te ganham rápido e fácil, é só entrar na nave que você virou da família. Tá bom, é sim uma versão de Cowboy Bebop na Guerra Cívil norte-americana, mas tem sua originalidade em mostrar a força dos losers. Não se deixe enganar pelo lo-fi, as sacadas de roteiro para fugir das limitações de orçamento são ótimo e os diálogos são excelentes. Um filme divertidíssimo. 

Sunshine, Alerta Solar - (Esses subtítulos das distribuidoras brasileira me envergonham). Quando Alien encontra 2001 e Solaris. Um ótimo exemplar de survival horror, no espaço. Danny Boyle fez a lição de casa,   misturou tudo, tirou qualquer filosofisse e adicionou ação para a galera gostar. As naves do filme são bem legais. 

Lunar - Bela estréia de Duncan Jones. Poucos personagens, uma situação de estranheza crescente e intrigas corporativas. Sam rockwell segura bem as pontas e renova nosso interesse a cada cena. Para além das óbvias semelhança e inspirações em 2001 aqui o inimigo não é máquina, são os homens poderosos que as fazem. 


Tarantino curte o trabalho do Joss Whedon. E quem não curte?

-Eai Vó, qual é seu signo?
-Ha! Sei lá.
-Quer que eu faça seu mapa astral.
-Mas que bestera. Que que é mapa Astral?
-É pra saber do futuro...
-Isso é abominação. Não existe. O futuro só pertence a Deus. Tá ouvindo?
-Tô ouvindo Vó...A senhora deve ser de Áries...
-...

26 de janeiro de 2011

I BLAME COCO

Pois é, não é mera coincidência a voz parecida com o Sting. Eis que sua filhota revela seu talento musical. I Blame Coco é o som da semana. Coco Summer, a filhota do Sting, é meio esquisitinha e meio bonitinha. Seu som não é nada que vai salvar nada, mas da certo para animar uma tarde sem graça. Dá a impressão que num futuro ela vai engrenar e mandar super bem. 
Por enquanto vamos com o que ela oferece. E como de costume, oferecemos só clips bem bonitos. Aperta o play.

Começemos por Quicker


Agora a viciante Selfmachine


E para fechar o clip lindão de In Spirit Golden

21 de janeiro de 2011

Desgraça pouca é bobagem


Essa seleção de filmes me lembra um grande amigo dos tempos do Tatuapé que acabou virando meu professor, Rodrigo. Ele sempre dizia que gostava de ir ao cinema para ver filmes que o deixavam mal, secavam sua alma, que o faziam perder as esperanças e sentir uma agulhada na garganta.
Claro, isso remete àquela sensação percebida ligeiramente pelos gregos de "ainda bem que essa desgraça toda não é comigo". Na busca por vistas ainda não vistas e por sentimentos ainda não sentidos, de tempos em tempos, é muito bom encarar realidades destruídas, vidas em ruína para entender nossas ações. Vale aprender pelo exemplo (mesmo que seja através de uma tela de cinema). Um bom drama tem o efeito de colocar nossos dramas em perspectiva e vale a reflexão "Nem tá tão ruim assim" ou "Puxa, é melhor agir antes que minha vida vire um filme de drama". 
Então, sem mais delongas, vai em seguida uma seleção de filmes com cargas dramáticas medidas em Quilotóns. Para ver todos os dramas dentro do drama. Não se tratam simplesmente de filmes com um enredo permeado de tristezas, mas de toda uma ambientação proporcionando o encarceramento de sorrisos e a morte de esperanças. Filmes que transmitem no mínimo melancolia. Filmes que te deixam mal não só pela profusão de choques, mas por toda atmosfera de opressão à consciência. Filmes para conhecer o inferno. O Rodrigo iria gostar...

O Retrato de um Assassino - Filmes de assassinos em série tem às dúzias, nenhum é como esse. Sem um pingo de glamour e sem aquela idiotice  de mostrar o assassino adorando o que faz. Henry faz porque não tem como fugir de sua natureza. Um personagem dentro de um drama profundo, ele está acorrentado em sua bestialidade, matar é o que ele fará sempre, não há redenção e nem como parar mesmo que custe a vida de seus poucos conhecidos. Sua solidão é e será profunda, seu proceder elimina quem aparece em sua frente. Não há qualquer charme no fazer de um assassino a música não toca triunfante e a câmera não fica lenta. Na vida real é só músculo, metal e sangue. 

Felicidade - A unica "comédia" que vi onde rir dói, dói demais. Felicidade é a unica coisa que esse conjunto de personagens não irá encontrar. Sem concessão Todd Solondz sempre dá um passo a frente e quando você acha que ele não será capaz de mais ousadias os passos são mais largos. Nem dó conseguimos sentir pelos personagens, só temos tempo de sofrer junto. Philip Seymour Hoffman é um ator descomunal. Todd Solondz vai enfiar a mão em todos os vespeiros da vida média estadunidense e mostrar qualquer sujeira empurrada para baixo do tapete. Nem a família, nem os solitários, nem as criancinhas são poupadas. E vai dizer que a arte não imita a vida? Ela até tenta, mas nunca a supera em dureza e crueldade. Pior para quem vive atrás dessa Felicidade. Filmão.

Réquiem Para um Sonho - Sim, é um daqueles filmes obrigatórios. Droga é o que dá prazer e aprisiona e destrói, do contrário é bom. Pouca coisa é mais triste do que o fim de um sonho. Preste atenção, sem lição de moral, Aronofsky vai imprimir na tela todo o desespero e dor provocado pelo vício, pelo vício (independente do que vícia). Seus personagens irão cair na teia da aranha, a vida vai sugar até a última gota de esperança e largá-los secos num canto escuro. Não é culpa deles. Não é!? Mesmo!? Ninguém escolhe seu vício. Os cortes infinitos do filme representam bem a vida dominada por um vício, ela fica retalhada.

Para Sempre Lilya - Está ai o filme mais triste que vi na vida ( e acho difícil ser superado). Acho que fiquei mal uma semana depois de vê-lo. É impossível não acompanhar a saga de Lilya sem sofrer os mesmos traumas delas. Após a sessão você terá sua inocência em relação ao mundo dilacerado, os sonhos cairão todos por terra e ao final da fita você estará violado, espancado e só vendo na morte algum tipo de libertação. Para satisfazer os calores de velhos podres e endinheirados do primeiro mundo tomasse garotas pobres de cantos indefesos desse mundo e moem-nas sem piedade. Muitas outras garotas se encontram na mesma situação.

Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto - Vai dar errado, algo nos diz que vai dar errado. Crime e castigo. Philip Seymour Hoffman é um ator descomunal. Os dramas familiares são os que causam as mais profundas feridas. A cultura que construímos e deixamos erigida não tem lugar para os perdedores, se sem dinheiro é melhor que morra. Afirmar que a ambientação desse filme é infernal e vai ficando hostil a cada minuto é chover no molhado. O castelo de cartas vai desmoronando e as camadas de ressentimentos e desesperos dos personagens chegam na superfície. Triste, bem triste. 

Anticristo - Nenhum diretor, nos últimos anos, sabe filmar o sofrer com tanto talento quanto o senhor Lars Von Trier. E dessa vez ele vem sofrer junto com seus personagens, atores e platéia. Um filme brilhante e de belezas visuais inenaráveis. O filme escorre significados a cada fotograma. Durissímo de assistir e quase impossível de decifrar. Nietzsche abriu um sorriso e verteu uma lágrima por essa película. Foi uma das minhas experiências mais instigantes e ásperas numa sala de cinema. É um filme experiência. Merecia e terá um post só para ele. 

Tarantino considera o seu Jackie Brown uma drama existêncialista. Você não!?!?

Ouvi minha Avó falar um palavrão pela primeira vez em meus 25 anos de vida. 
-Esse Programa do Ratinho é uma putaria!
-Quê isso Vó. Que maloquera!
-Mas é assim que falam os portugueses.
-Ah...

Foi dramático.

19 de janeiro de 2011

SIGUR RÓS


Vamos a banda com os videoclipes mais líricos e belos desse mundão.

Esse caras alcançam harmonias que nossos ouvidos massacrados desde de o nascimento estranham de primeira, mas em pouco tempo se derretem de prazer. Pós-Rock, Pós-Música, Dream Pop, Ethereal, Folk. Não importa a taxonomia (até porque eles contém todas), esse caras alcançaram alguma esfera de ambiência musical que poucos alcançaram. Para chegar lá foram capazes de inventar uma fonética nova para exprimir em canto o que nem a consciência compreende mas adora. Da Islândia para o céu.
Não se deixe intimidar por uma língua estrangeira que não inglês. Persista e insista, a recompensa é sem tamanho. 

Vamos começar com Viorar Vel Til Loftarasa
Agora um dos clipes mais belos que já ousaram fazer Glósóli

E para encerar Saeglópur

10 de janeiro de 2011

Os Trapalhões e o Cinema


Se música é algo que te agrada, enquanto lês, dê uma escutada

Eu, petrificado, ao lado do herói da minha infância


Esse post é muito pessoal, irei falar dos grandes heróis da minha infância. Infelizmente, para quem nasceu no fim da década de 80 para frente é bem provável que não tenha essa imagem forte e de grande relevância desse grupo que foi um dos, senão o maior, fenômenos do humor brasileiro. A imagem que temos atualmente nas tardes de Domingo nem se comparam com o que um dia foi Os Trapalhões.
Pense bem, em tempos de bundamolice como os atuais, quando que um grupo de humor formado por um Kid Mumu bêbado egresso das favelas, um mineirinho por assim dizer bem delicadinho, um galãzinho perifa cheio de trejeitos duvidosos e um nordestino pobretão trambiqueiro e porradeiro iriam fazer um programa voltado para toda família em horário nobre na maior emissora de TV aberta do país???
Sentiu o drama? Sem contar que as esquetes, não raro, se davam de maneira completamente anárquica e bemmmm politicamente incorreta. Boa parte das piadas que gente só acaba pescando quando ganhamos experiência e a malandragem que essa trupe tinha de sobra. Da paródia ao pastelão, da denúncia social a chanchada psicodélica eles fizeram de tudo e com uma impressionante qualidade refletida em sua monstruosa popularidade. Quando a música de abertura do programa tocava o país parava para assistir, e isso não é uma figura de linguagem. O mesmo podemos dizer de suas empreitadas na sétima arte que levaram um numero de espectadores quase igual ao de habitantes do país. Claro que o critério de seleção das fitas são aquelas em que atuam os quatro integrantes do grupo. Dá um gostinho de refri na garrafa de vidro, lembra tempos em que a criançada não era tão boca suja. 
Então Psit, senta na poltrona aperta o play e se prepara para uma tarde de domingo maravilhosa...

Os Trapalhões na Guerra dos Planetas - Não tem muito o que falar desse filme. Ele merece estar na seleção por ser tão inusitado. Falando como um fã inveterado dos Trapa tinha pouca coisa mais empolgante do que ver o Didi gritando "Porradaaa" e o pau comia. Nesse filme aqui eles exageraram pois o filme todo é só "Porradaaaa". Claro que vai no embalo de Star Wars, mas não espere ver o sabres de luz. Nonsense do começo ao fim. Trash com todas as belezas do trash. Quer assistir? Clica logo.

Os Trapalhões e o Mágico de Oróz - Olha quem não pensa como eu que me perdoe, mas esse é um dos melhores filmes sobre o tema seca e fome no nordeste brasileiro. Essa "desvirtuação" de um clássico do cinema é muito gostoso de assistir até hoje e é um das melhores atuações do quarteto. Rola homenagem até para 2001, Uma Odisséia no Espaço. Trapalhões também é cinefilia. Atenção na Xuxa de vestidinho branco molhado mostrando mais do que deveria (em um filme infantil). Se quiser assistir clica aqui.

Uma Escola Atrapalhada - Uma tentativa simpática de tornar os trapalhões em humor para adolescente. Afinal, havia pouco anos John Hughes tinha inventado e colocado esse bicho estranho, o adolescente, no centro da tela no cinema. O último filme do Zaca. E o Supla, hahaha, vamos ser sinceros ele é a grande piada  (mesmo que involuntária) do filme, muita classe. E a Angélica sem mostrar a pinta super virginal e chatinha como sempre. Atente para a presença do atual onipresente do cinema nacional Selton Mello fazendo o vilão. Clica logo para assistir.

O Casamento dos Trapalhões - Um dos meus filmes preferidos dos Trapalhões. Provavelmente é o filme com o melhor conjunto de piadas da trupe, sem contar o enredo safadinho. Um filme cheio de neon e Dominó. Que dava para fugir da pornochanchada dava sim...Clica para assistir meu filho...

A Princesa Xuxa e Os Trapalhões - Pensando que a produção cinematográfica nacional de ficção científica é abaixo de zero esse filme se sai muito bem. Para época e dados os recursos do cinema brazuca a produção artística da película é bem decente. Para uma criança é uma aventura bem empolgante (ou pelo menos era). esse filme não deixa de ser fruto das zilhares de produções de fantasia e ficção científica que brotaram no meio final da década de 80, que por sua vez foram frutos do tsunami Star Wars. Já clicou?

Os Trapalhões na Terra dos Monstros - Nossa, esse filme fez a minha infância. Acho que eu aluguei por todos os fins de semana por uns seis meses. Assisti até a fita furar. Com uma grande inspiração no Goonies e uma pitada de A História Sem Fim, mas com elementos originalíssimos de nossa cultura. Os Trapalhões vão distribuir porrada numa raça de seres abissais, salvar o dia e dar um tempo para a Angélica tocar no Programa do Gugu. Ah, os anos 80! Envelheceu sim, mas é um velhinho muito simpático. Se quiser assistir clica aqui.

Tarantino não conheceu os Trapalhões na infância, por isso virou um cineasta psicopata...

-Você não lembra Vó dos Trapalhões? Do Didi, Mussum, Zacarias, Dedé???
-Lembro, claro. Quem fazia era o Chico Anysio, ne!? 
-Não Vó. Era aquele com o negão da Mangueira que só ficava bebendo cachaça, mé...
-Ah, passava no Viva o Gordo, né!?
-...É, é esse mesmo Vó...

5 de janeiro de 2011

COCTEAU TWINS

Há de se encantar com a estranheza, senão a vida fica um tanto quanto desinteressante.

Continuando no Dream Pop, vamos a um dos pais da criança. O Cocteau, vindos de uma terra belíssima, a Escócia, começou com um pé e meio na Darkwave, mas acabou alçando vôos mais altos e acabou de braços dados com o psicodelismo, o mais delicioso dos pops e até com a Enya... Está, facilmente, entre as cinco bandas independentes mais importantes do Reino Unido na década de 80, influenciou meio mundo.

Um som outonal, queridinho de trilhas sonoras, perfeito na criação de ambientes sonoros com o uso muito original e único de reverbs e delays e sons sintéticos.

Onirismo colorido e melancolia cool.

Eles são tão legais, tão legais que fazem cover de Tim Buckley. Vamos a eles.


Começando na fase mais gótica Pearly Drewdrops Drops



Essa é a minha preferida Bluebeard



E fechando com a linda Iceblink Luck