29 de dezembro de 2012

Visões de um Futuro Imperfeito Parte V

Civilization by Justice on Grooveshark
Voltemos às obsessões, os fins...
Mais um fim de mundo e nada. Enquanto nós, entusiastas do fim, ficamos sem respostas esperando o segundo sol chegar. As questões suscitadas com a possibilidade do fim são as que mais interessam. Gosto de me pegar pensando nas possibilidades de arranjo que a humanidade encontraria ao se deparar com a pulverização de suas estruturas. 
Todos que se assustam com a possibilidade de chegarmos ao final do que entendemos por mundo devem se confortar pois o universo nem notará o calar de nossas picuinhas e aspirações. As estrelas continuaram explodindo e o universo expandindo até a hora derradeira.
E o cinema com isso? Vamos a mais uma seleção de filmes que tratem bem ou mal o assunto.

PS: Depois de muito ponderar conclui que a melhor obra sobre o fim do mundo que já tomei contato de longe é Neon Genesis Evangelion. Na real, é uma das melhores obras que já tomei contato, ponto. Merece um post, ou vários.

Pânico no Ano Zero - Harry Baldwin um pai de família acima de qualquer suspeita se vê obrigado a agir quando sua Los Angeles natal vai pelos ares depois de uma explosão nuclear. Essa pérola gerida no ápice da neura nuclear apocalíptica serve para reafirmar o vigor da truculência do selfmademan estadunidense. Mas sejamos francos: Harry, o pai da família Baldwin, é um dos poucos personagens que vi que rapidamente  entende toda a extensão do drama que está a enfrentar e, rapidamente, toma as rédeas da situação. Assista!!! Clique aqui.

4:44, O Fim do Mundo - Mesmo no fim do mundo Ferrara não abandona os elementos que lhe são mais caros: Nova York e o catolicismo. E quem disse que o fim de tudo não pode ser tedioso. Uma casal coma vida ganha e com os conflitos corriqueiros dos países ricos esperam pelo fim de tudo, e conversam e é isso. Enfim, nem sempre o Ferrara acerta. Veja o trailer aqui.

Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo - Steve Carrel continua fazendo o mesmo papel de sempre, Keira Knightley continua blá. E você, o que faria se os dias estivessem contado e anunciados na tv em rede nacional? O mise en scene composto pela diretora Lorene Scafaria foi muito acertado e agridoce ao focalizar as reações individuais e sociais à notícia do fim do mundo. E, enquanto as civilizações implodem Dodge e Penny buscam por alguma redenção. Sem as amarras que as consequências futuras trazem todos se entregariam às vontades e largariam os incômodos do dia a dia: empregos enfadonhos, relacionamentos infelizes, comportamentos comedidos. De certa forma seria o paraíso na terra. E você? Com quem iria querer dividir o paraíso? Veja o trailer aqui.

O Quinteto - Um fim de mundo branco, gelado, silencioso, desesperançoso e bêbado. A opção de Robert Altman por embaçar as laterais da imagem tentando dar um aspecto de gelado foi um experimentalismo bobo que não acrescentou a trama. Os cadáveres abundam e servem de ração a superpopulação de cachorros vadios que vagam nas poucas cidades restantes. Jogar o quinteto é o que resta a um povo que perdeu as esperanças pois a morte virá de qualquer lado. Veja o trailer aqui.

Mad Max - Fruto de um movimento cinematográfico cheio de grandes obras, a película de George Miller é a grande representante do cinema australiano (que dizer, depois do Crocodilo Dundee, claro). Num fim de mundo chamado Austrália nasce a lenda de mais um cavaleiro solitário. Max terá de ser talhado na tragédia para sobreviver aos tempos secos e impiedosos que virão. Max é um trabalhador competente, um operário que irá explodir quando tiver a chance. Sem histrionismos, Max pode ser muito cruel quando necessário ou na medida em que o mundo lhe empurrar para isso. Max é e será uma mistura de messias com Jim Stark. Um rebelde com a causa da sobrevivência e apreço pela proteção dos mais fracos. Começa aqui sua via dolorosa, sua terra santa serão infinitas estradas e desertos ao cheiro de gasolina queimada, seu evangelho será pregado sob motor e rodas de borracha. Esse filme foi o prenuncio do fim do mundo podre automotivo de combustível fóssil. Um filme imperdível. Veja esse clássico aqui.

Cherry 2000 - Esse é o tipo de filme que renova minha fé em Hollywood me fazendo lembrar com nostalgia de um tempo em que os cenários que o cinema apresentava tendiam ao infinito. Além da condescendência  com a estética oitentista, temos espetaculosas cenas de ação embalando atuações mínimas e uma trama que só vislumbra temas relevantes. Tudo isso no pacote clássico da indústria do cinema estadunidense: uma grande aventura e a possibilidade de romance com uma gata ao final da fita. Num futuro destruido nas mega cidades que restaram as relações homem-mulher ficaram tão estragadas que é muito mais tranquilo ter uma boa vida com uma androide programada para te agradar. Quando a robô pertencente a Sam estraga por muito uso ele parte para uma parte esquecida do mundo para achar uma substituta conduzido pela linda Melanie Griffith novinha. Veja já esse filme aqui.


Vai ser o fim do mundo se o próximo filme do Tarantino demorar pra sair no Brasil.

Ô Vó, e o apocalipse maia, hein!?
É oquÊ!?!?!?!?
Os maias previram o fim do mundo para esse ano...
Ai meu filho, o futuro a Deus pertence e esse tal maia ai num sabe de nada. 
É, num sabe nada mesmo...

3 comentários:

  1. Gostei muito do Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo. Mad Max é clássico, as perseguições e aquela gang de motoqueiros psicóticos dão um clima bem violento ao filme!

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  2. É isso ai Silvão! Tenta assistir os outros principalmente o Pânico no Ano Zero que tu vai gostar. Abraço!

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