As alegorias suscitadas pela lenda do vampirismo são extremamente atraentes. E de todas as representações do mito vampírico a mais atraente, por motivos óbvios, é a atração vampírica entre duas mulheres.
E o vampirismo nada mais é que uma metáfora para um relacionamento sexual: um ser mais velho sugando a energia vital de outros para sentir-se eternamente jovem...sei! E nada é mais plasticamente excitante que o ato vampírico praticado entre dua fêmeas...nada. E vários realizadores de cinema já repararam nisso há tempos.
O fetiche dos fetiches. A fêmea mais fatal e irresistível de todas seduz e trucida homens sem lhes dar qualquer prazer, e só se entrega ao toque e sangue de outra mulher.
No geral, o que falta em grandes atuações esses filmes compensam em belíssimos e sinistros planos visuais. E quem liga para atuações quando temos maravilhosas vampiras sugando sangue e acabando com a raça dos maridos bundões.
A matriz narrativa é, no geral, a mesma: uma casal (homem e mulher), que já apresenta sinais de crise, será desfeito com a chegada de uma vampira que irá seduzir o homem e eliminá-lo para enfim poder ficar com a mulher do cara.
Boa parte da nossa seleção de filmes foi produzida durante um período de ouro do cinema europeu. Tiveram a alcunha de trash, mas o tempo foi redentor e os alçou ao status de cult.
Sem mais delongas, vamos às belas vampiras.
No geral, o que falta em grandes atuações esses filmes compensam em belíssimos e sinistros planos visuais. E quem liga para atuações quando temos maravilhosas vampiras sugando sangue e acabando com a raça dos maridos bundões.
A matriz narrativa é, no geral, a mesma: uma casal (homem e mulher), que já apresenta sinais de crise, será desfeito com a chegada de uma vampira que irá seduzir o homem e eliminá-lo para enfim poder ficar com a mulher do cara.
Boa parte da nossa seleção de filmes foi produzida durante um período de ouro do cinema europeu. Tiveram a alcunha de trash, mas o tempo foi redentor e os alçou ao status de cult.
Sem mais delongas, vamos às belas vampiras.
Escravas do Desejo - Me diz: o que são Delphine Seyrig e Andrea Rau sensualizando no mesmo filme? Beira a perfeição. A senhorita Rau entrou para meu hall de musas da década de 70. Não posso deixar de falar da sofisticação da Condessa de Bathory interpretada por Delphine Seyrig, e que seria uma enorme influencia na vampira que Catherine Deneuve viveu no filme de Tony Scott. A climática da película é de delírio, solidão e, por vezes, sufocante. Num esquecido hotel na costa francesa se desenrola um quadrado amoroso com um casal recém casado (e diga-se: o homem é mentiroso, medroso e tem um pai meio esquisitão) e uma dupla de vampiras. Lábios escorrendo vermelho em corredores vazios. Um sussurro e o tesão. Um filme que me capturou pelas imagens. Uma obra prima do kitsch chic que só a Europa setentista poderia produzir. Fique com o trailer.
Vampiros Lesbos - O mestre do eurotrash mostrando as presas. Mulheres peladas tostando em praias turcas. Soledad Miranda desfilando sex appeal com sua echarpe vermelha é algo celestial...ou infernal. A estética de excesso (de cores, nudez, sangue, closes); o fiapo de trama e a aura viajandona drogada de Franco é ame-a ou deixe-a. Eu compro. Talvez a obra máxima do European Exploitation. Veja o ótimo e não seguro para o trabalho trailer.
As Filhas de Drácula - Será o filme de terror mais sexual de todos os tempos? A nudez carnuda e inesquecível de Marianne Morris confirma a tese. Sem dúvida o filme vampiresco mais alinhado com a recente revolução sexual. Fran e Mirian são sedentas: só se contentam com muito sexo e muito sangue. Homens, mulheres casais... o que vier elas traçam e matam. O estilo de filmagem de José Ramón Larraz é seco, iluminado porém cinza, conforme a climática inglesa. Um filme absolutamente imperdível. Veja o trailer.
A Condessa - O que falta em concisão - tanto na direção quanto na construção de roteiro - sobra em apuro imagético. Quase no limiar geográfico do ocidente, em meio a guerra e o cotidiano sangrento e costumeiro às pessoas da época, uma mulher de poder e força se banha em sangue. Ela luta na guerra de tronos e se perde de paixão. A abordagem de Julie Delpy pode até ser sutil, mas é reducionista. Motivar o banho de sangue promovido por Erzebet Bathory a um caso de coração partido é pouco. Tem muito mais crueldade, vaidade, petulância e arrogância do antigo regime na vida dessa personagem fascinante que esse filme possa supor. A relação de Bathory com a bruxa Darvulia é muito mais interessante do que o pretenso amor entre a condessa e Istvan Thurzo. Vale uma olhadela. Veja esse filme aqui.
Carmilla, A Vampira de Karnstein - Ingrid Pitt pode até falhar em interpretação, mas é uma erupção de sensualidade. Sua personagem, a vampira germânica Carmilla é uma devoradora de mulheres. Por onde passa deixa um rastro de corações partidos e cadáveres. Dentre suas conquistas a personagem interpretada com olhar inocente e volúpia corporal pela linda Madeline Smith é a mais marcante. Veja esse filme dos estúdios Hammer aqui.
Fome de Viver - Poxa, ai é sacanagem. David Bowie, Catherine Deneuve, Susan Sarandon na flor da idade (apesar de que a idade acabou por embelezá-la) e Bauhaus no mesmo filme é covardia. Somando-se a isso a estética pós-punk sombria e a periculosidade sexual da época do surgimento da AIDS tem-se um cult instantâneo. Um romance lésbico-gótico e visualmente kitsch, quer dizer, beira a perfeição. E as qualidades da fita se sobressaem tanto aos defeitos de montagem truncada e trilha sonora datada que não tem como não se envolver: um drama sobre AIDS, um filme de terror. Talvez seja o filme quintessencial do gótico. Quer assistir esse clássico imperdível? Clica aqui.
Tá na hora do Tarantino gravar um vampirexploitation, fala ai!?
Rezo para que minha Vó nunca leia esse post...
Fico pensando como sua avó ainda não teve um infarto, tendo um netinho como você... ¬¬
ResponderExcluiruahsuahsuash
Muito legal o post.
É isso ai Mariana, deixando minha Vovó orgulhosa desde 1985... Muito obrigado pelo comentário.
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