13 de janeiro de 2012

NOIR

Já disse que Animê é  coisa séria. Essa incrível série séria é viciante para quem quer boas estórias ou ação desenfreada. Com citações diretas a Dostoiévski e Lewis Carrol e muito existencialismo essa dupla de assassinas profissionais vão cruzar o mundo para saber de suas origens e destinos.
A ação é frenética, não raro os tiroteios são apresentados como um balé extremamente empolgante e inventivo, e prima, por vezes, pelo realismo, mas no geral é a diversão que vale. 
Uma nota para o trabalho de animação do Estúdio Bee Train: os cenários são deslumbrantes, vão de lindos vitrais de catedrais à Paris e Moscou a intermináveis florestas de bambu. É inegável o primor do trabalho artístico na composição de cenários porém, desagrada muito o design dos personagens, muito infantilizados e bem pouco detalhista (atente principalmente para o trabalho das expressões faciais geladas e sem expressividade). O "trabalho de câmeras" surpreende, os ângulos de foco escolhidos pelo diretor acentuam sempre a horizontalidade enfatizando os cenários sublimes. Melhor assim, sem close-ups. 
Os elementos clássicos de histórias de assassinos profissionais estão lá: conspirações, personagens sem passado, pessoas que vivem e morrem pela arma, tem até aquele tom lesbian que todo mundo gosta, não é mesmo!? Só que algo no tom místico dado nos capítulos que fecham a série tiraram a força do enredo que vinha sendo tão bem construído. Muitos irão falar que eu deixei de gostar da fase em que esse Animê adquiriu os contornos mais característicos da cultura estática das animações japonesa e me bandeei para a primeira parte da série que exibe características mais ocidentais; essas pessoas estão certas.
Enfim, não entra para o panteão em que se encontra Cowboy Bebop, Evangelion ou as animações de Hayao Miyazaki mas quase chega lá. Imperdível!

Uma amostra 


Agora um belíssimo clipe com imagens ótimas da série (se você não curtir o som fique só com as imagens)

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