5 de novembro de 2010

Jean Reno um Coolzão Francês

Esse post vai ser dedicado a outro grande ator que esta na minha galeria de ícones. Ele é um excelente ator que toma decisões ruins na hora de escolher certos papéis, é verdade. Quer saber os motivos desse cara ser fenomenal na tela?
São os olhos semicerrados em qualquer situação. É a atitude “I don’t give a fuck” mesmo quando o mundo ao redor se esfacela ou o amor de sua vida sai porta fora. É o nariz exuberante, a segunda principal instituição francesa masculina (logo atrás do adultério). É o punho da potência de um meteoro. É o fato de cobrir qualquer outro ator em cena quando seu corpanzil aparece impávido. São as poucas palavras antes de puxar o gatilho. Porque quando ele atira a bala vai para onde ele quer. É o fato de ter virado um personagem de videogame. É o fato de ser um cara bem engraçado, a sua maneira. E é porque ele de bigode é mais estilo que você de terno Armani.
Jean Reno uma força da natureza. A testosterona na forma mais elegante e blasé que a natureza já concebeu. Um símbolo de macheza inalcançável. Vamos a uma pequena seleção de filmes que tentam fazer jus ao grande ator francês.

Subway – Visualmente classudo, apesar dos imperdoáveis deslizes capilares e de vestuário dos anos 80. Uma história sobre cair na toca do coelho e descobrir um mundo maluco lá embaixo. Um pouco abaixo das solas de seus pés outro universo descortina. A urbanidade esconde uma infinidade de experiências inalcançáveis para o resto da humanidade. Luc Besson (que já foi o salvador do cinema francês) se apropria de elementos das Bande Dessinée para contar uma aventura frenética (no primeiro segundo da fita percebesse que não haverá descanso para o espectador). Claro que Monsieur Reno rouba a cena. Sem falar nada ele diz mais que um discurso de Fidel.

Imensidão Azul – Outra parceria Reno/Bresson. Um filme lindíssimo, lindíssimo. A narrativa clássica do caminho do herói. Ou a narrativa de uma amizade inquebrável carregada de todos seus elementos: admiração, inveja e competição. Ou uma história de um amor rápido e explosivo. Ou a história de integração total de raros humanos com o seu meu ambiente. Um filme que mostra que Jean Reno foi o primeiro garoto da turma a ter pelo no peito, e claro, o cara debulha em cena, engraçadíssimo. E amor só o de mãe mesmo. Assista!

O Profissional – Um dos filmes da minha vida. A equação é a seguinte: Jean Reno no seu papel mais icônico + Natalie pré-adolescente e incrível Portman + Gary Oldman no seu usual pscicopatismo + Danny badass mudafucka Aiello + Nova York limpidamente enquadrada de seus telhados = um dos melhores filmes dos anos 90. 

Ah, esqueci, a imitação que Jean Reno faz do John Wayne é de fazer o Wagner Moura parecer um ator de buffet infantil.


Os Visitantes – Uma comedinha que não faz mal a ninguém. Senhor Reno é obviamente superior (até porque ele é um nobre guerreiro) a qualquer outro ser que aparece na tela. É notável como são mostrados os costumes e alguns maneirismos medievais em comparação com os do homem moderno. Evoluímos? Sim, evoluímos.

Ronin – Alguém realmente páreo para o Monsieur Reno, Robert De Niro. Um dos grandes filmes de espionagem da era pré-Bourne. Ditou as regras para o gênero no mundo pós-queda do muro de Berlim em que antigos servidores de bandeiras ficaram ilhados sem as diretrizes de seus headquarters. Esses fantasmas vingativos vão ter de se integrar aos novos tempos, soldados sem generais viram mercenários e a vida passa a valer algumas cifras. Perseguições de carro embasbacantes nas ruas francesas, traições e vinganças. Um prato cheio para um sábado à tarde.

Wasabi – Tá certo, não é lá um grande filme, mas tem seus momentos. Como conquistar uma mulher Jean Reno style. Como lutar contra a Yakusa Jean Reno style. E a filha japonesinha nariguda é uma piadinha engraçada. De Paris a Tóquio, com seu revólver 38 de meio metro, o cara domina a situação.

22 Balas – Poderia ser um filme de máfia memorável, mas dá suas escorregadas por querer mostrar bandidos com coração e outros malvadões que pisam no pé de velhinhas. Não me venha com moralidade de bandido, nem de polícia, nem de velhinhas. As filmagens são belas e ensolaradas e o Jean Reno agüenta 22 balas no corpo, ele cospe na cara do 50 Cent.

Tarantino está esperando para criar um roteiro digno desse ator imortal. Mas ele deu o nome de Reno para sua moto Harley Davidson.

Minha Avó da risada horrores com o narigão do Jean Reno.

6 comentários:

  1. Amei as descrições dos filmes! Adoro o Jean Reno.
    Realmente "Leon" foi um filme marcante. Mas o filme que mais me marcou foi "Rios Vermelhos". Depois de ver o filme, li o livro. É incrível, parece até que foi escrito pro Reno mesmo. Tem também o "Para Roseana": engraçado e ao mesmo tempo doce! Incrível como o Reno consegue!

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  2. Um ótimo ator mesmo,Bom mesmo foi o Titulo do Game "Onimusha", se não me engano o de sequencia 3, onde o Jean era um personagem jogavel. Muito bom mesmo!

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  3. Faltou a ficção Le Dernier Combat.

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  4. Um ícone, sem duvida... Reno Style! Boa!
    Parabéns pelo post.

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  5. Nossa estava lembrando do Leon, ele esta tão fofo de uma forma não genérica!

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  6. Tá certo, o Leon tem lá sua maneira de ser fofo.

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